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Ganho Secundário: Por Que Às Vezes Inconscientemente Resistimos à Cura?

Você já se dedicou a terapias, leituras e práticas de autocuidado, mas mesmo assim percebe que certos sintomas, dores ou padrões não se dissolvem? A resposta pode estar em algo sutil, porém poderoso: o ganho secundário. Neste artigo, vamos explorar o que é esse conceito, por que ele pode nos afastar da cura e como acolher esse processo com respeito e consciência.



O Que É Ganho Secundário?

O ganho secundário é um termo usado na psicologia e nas terapias integrativas para descrever os benefícios inconscientes que obtemos ao manter uma situação de desequilíbrio — seja uma doença, uma dor emocional ou um comportamento repetitivo.

Esses ganhos não são manipulativos nem intencionais. Pelo contrário, atuam fora da nossa consciência, como uma forma de proteger necessidades internas não atendidas, como atenção, descanso, segurança ou pertencimento.


Exemplos de Ganhos Secundários Comuns

  • Atenção e afeto de pessoas queridas, que talvez não seriam oferecidos de outra forma;
  • Evitar tarefas ou mudanças que nos causam medo ou insegurança;
  • Manter um papel familiar, como o de cuidador, vítima, ou alguém “que nunca melhora”;
  • Justificar paralisações ou fracassos com base em algo externo, como uma dor ou diagnóstico.

Esses ganhos muitas vezes explicam por que alguém pode estar em sofrimento e, ao mesmo tempo, inconscientemente resistindo à cura.


O poder do subconsciente já ajudou milhões de pessoas em todo o mundo a alcançar grandes objetivos apenas mudando a maneira de pensar. Por meio de técnicas para desenvolver todo o potencial da mente, leitores superaram as adversidades, alcançaram objetivos e mudaram situações aparentemente irreversíveis. Não é mágica, não é mito nem lenda.


Por Que Resistimos à Cura Mesmo Querendo Melhorar?

A mente humana busca segurança emocional antes da transformação. Curar-se, em muitos casos, significa sair da zona de conforto, repensar padrões, mudar relações ou adotar novas atitudes — e isso pode ativar o medo da rejeição, do fracasso ou da perda.

Por isso, o inconsciente prefere manter o conhecido (mesmo que disfuncional) do que arriscar o desconhecido. Essa resistência não é preguiça ou fraqueza, mas um reflexo de camadas emocionais profundas que precisam ser ouvidas com empatia.


O que significa existir no mundo para nós humanos? O que é preciso para definir propósitos de vida? Como identificar os meios mais adequados para atingi-los? O leitor deste livro não pode esperar que apresentemos soluções existenciais mais ou menos prontas. Não nos interessa sugerir como você deve viver ou o que deve fazer para ser feliz, enriquecer, ficar famoso ou famosa, sedutor ou sedutora, bem-sucedido ou bem-sucedida. Já há em abundância quem ofereça esse tipo de literatura com maior ou menor respeito pela sua inteligência. Propomos aqui reflexões que poderão ajudar a pensar melhor a própria vida, e, quem sabe, tomar decisões mais auspiciosas. Desse modo, levando em conta o que este livro apresenta, você continuará responsável pelo que escolher fazer dos dias que te restam. Para que possam valer a pena ser vividos.


Como Lidar com o Ganho Secundário com Consciência e Respeito

  1. Pratique a auto-observação sem julgamento
    Pergunte-se: “O que essa dor/sintoma/situação está me protegendo de enfrentar?” ou “O que eu ganho mantendo isso como está?”
  2. Reconheça a sua humanidade
    Todos temos mecanismos de defesa inconscientes. Perceber o ganho secundário é um ato de coragem, não de culpa.
  3. Busque apoio terapêutico
    Um terapeuta qualificado pode ajudar a acessar camadas mais sutis do inconsciente, acolhendo suas emoções e facilitando o processo de mudança.
  4. Encontre formas saudáveis de suprir essas necessidades
    Se o sintoma trouxe acolhimento, encontre novos meios de se sentir amado. Se ele trouxe descanso, reveja seus limites. O importante é reformular o ganho, sem adoecer por ele.


A Cura Começa com a Verdade Interior

Curar-se de verdade é um processo que vai além de eliminar sintomas — é se libertar dos padrões que os sustentam. Reconhecer que existe um ganho secundário é um passo essencial nessa jornada. É quando paramos de brigar com o sintoma e começamos a escutá-lo.

Quando há compaixão, a transformação é possível.


Sobre o Autor
Sil Santos é terapeuta com formação em Terapias Integrativas e atua na promoção do bem-estar emocional e do autoconhecimento. Compartilha conteúdos que unem espiritualidade e prática, de forma simples e acessível.
📩 Contato: silsantosoficial66@gmail.com | 📱 WhatsApp: 5553984735496

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